quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Prezado Sr. Beltrano
A arma que carrego é meu coração.
O escudo está na minha mente.
Sinto muito senhores, mas o mundo não é uma bola de gude. Posso circular nas cinco pontas do círculo.
No meu universo não tem competição. Tem guerra.
Não preciso competir, afinal sou dona do meu universo.
Lá, eu escolho com que vou dividir meu espaço. Não sou melhor nem pior que ninguém, sou apenas diferente..
 Não sou carente, sou sensível. Não sou pessimista, mas já me decepcionei muito com as pessoas. Não tenho a autoestima baixa, mas reconheço meus defeitos e fraquezas mais fácil e mais abertamente do que os outros, que muitas vezes tem medo de se reconhecerem fracos. Não justifico minhas falhas, nem explico. Mas sim, me importo com o que você pensa. Não julgo, não condeno, mas simplesmente revogo amizades, desisto de amores, assim que percebo pessoas´fúteis, prontas pra competir, com o amor próprio oscilante e que desejam subestimar aos outros pra se destacarem. Não tenho mais paciência com as pessoas estúpidas, e são tantas, se encontram em todos os cantos como baratas. Quanto mais veneno, mais se reproduzem, pois gostam do que é ruim. Muitas vezes se escondem em belas fatias de bolo, parecendo agradáveis num primeiro momento. Você degusta desses amigos e passa mal. Os amigos verdadeiros, por sua vez, parecem estar sempre na simplicidade, ao mesmo tempo que são astuciosos e te passam seguranças. O egoísmo é uma droga que deve ser consumida com moderação. Se você usa demais, acaba sendo um rei de um reino vazio, se você usa de menos, vocÊ passa a ter vários reis no seu próprio reino, que lhe ditam regras e imperam sobre seus sentimentos.
Me orgulho da transparência, me orgulho de poder ser vista, pois sei que até os mais "seguros" acabam se vendo em mim. Mas não, não sou um corrimão de apoio de mancos que usam salto, sou dançarina da minha própria musica.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Eu tenho uma loja de sonhos e ideias desde que passei a existir.
Coloquei na vitrine toda a minha insegurança. Não vendi nem um pouco da ingenuidade, nem consegui doar minha coleção de decepções. Alguns folharam meus aprendizados, outros só acharam graça da minha lojinha de horrores. Eu vestia verde, e morria antes da esperança. A estante das carências quase sucumbiu sobre minha cabeça, mas permaneceu patética olhando o vazio no balcão do marasmo. Até chegarem quebrando tudo e o coração no pote das jujubas virou caquinhos cortantes.

Pomba